sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Políticas públicas sobre álcool e drogas são debatidas em seminário

O seminário e pesquisa “As contribuições da Psicologia no enfrentamento da situação de abuso do álcool e outras drogas” reuniu psicólogos, assistentes sociais e os segmentos da sociedade envolvidos com as questões das drogas como representantes da ARAP e Projeto Ser Livre.

O evento teve inicio às 8 horas com a apresentação de Marlene Barbaresco, técnica do CREPOP, que esclareceu sobre os compromissos da Psicologia com a política pública e a forma como seria aplicada a metodologia de pesquisa que iria acontecer durante o seminário. Em seguida, iniciaram-se as palestras com profissionais das áreas de educação e psicologia que explanaram a respeito do trabalho desenvolvido junto à sociedade principalmente nas áreas mais atingidas pelo uso de drogas.

Com a palestra “O psicólogo na atenção básica” Káthia Nemeth Perez mostrou o trabalho realizado na policlínica do Aureny I, que atende mais de 12 mil famílias prestando serviços de psicologia. Ela traçou o perfil dos usuários de drogas na região.

O professor da Casa de Prisão Provisória de Palmas, Valcelir Borges trouxe o tema “A educação como recurso de enfrentamento” onde ele explicou dentre outras coisas que a educação não é responsabilidade somente da escola, mas sim de uma série de instituições. De acordo com ele, “a escola não vai determinar se o aluno vai ou não usar drogas, mas ela vai indicar que existem outros caminhos” e completou “é preciso que a escola desenvolva uma visão mais ampla do que são as drogas”. O professor observou que só se fala de drogas nas escolas, em ocasiões esporádicas quando deveria haver um discurso mais incorporado nestes locais. Para ele, uma proposta de mudança seria incluir nas escolas mais recursos audiovisuais sobre o tema, uma vez que o sentido mais usado por nós é a visão.

A psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Drogas e Álcool – CAPS AD, Celeste Rodrigues apresentou o tema “O cuidado na prevenção do abuso do álcool e outras drogas” que falou sobre as razões pelas quais as pessoas procuram as drogas, o papel da família na formação do indivíduo e o trabalho que o Centro presta na atenção aos dependes químicos e seus familiares. De acordo com Celeste, as crianças estão sem limites. “Se a criança se sentir vazia, ela vai procurar preencher este vazio em outros lugares”. Ao final das palestras foi aberto um espaço para perguntas.

“O Estado ainda está começando a debater as questões sobre drogas, mas um passo importante foi dado. Hoje, nós estamos aqui e essa união é essencial para dar continuidade aos trabalhos”, ressalvou Magda Valadares, assessora de Políticas sobre Drogas da Secretaria da Cidadania e Justiça.

Para a assessora a realização do seminário deverá contribuir ainda mais para a implementação de políticas sobre drogas no Estado, uma vez que, os diversos segmentos da sociedade estavam presentes na discussão e elaboração de políticas eficazes.
Kelly Rosa

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